Aluna é aprovada em 1º lugar em mestrado com projeto sobre funk



Um projeto sobre o controverso, quiçá hostilizado, gênero musical funk carioca conquistou o primeiro lugar no curso de Pós-graduação em “Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF)”, em Niterói.

Intitulado “My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural”, o estudo é de autoria de Mariana Gomes, de 24 anos, graduada no curso de “Estudos de Mídia”, na mesma universidade.De acordo com o G1, “entre os objetivos do projeto está a desconstrução da ideia de que o funk seria o último gesto feminismo através das músicas das cantoras Valesca Popozuda, Tati Quebra Barraco, entre outras”.

O embrião do projeto data de 2008, quando Mariana ainda estava na graduação. Ao estudar o funk e a sociabilidade da classe trabalhadora no município do Rio, ela visitou bailes funks em comunidades espalhadas por toda cidade. Em sua análise, a estudante percebeu que  “havia poucas mulheres cantando e que este papel ficava com os homens. As mulheres só estavam presentes dançando e quando havia erotismo. Parecia que não tinha espaço para a participação feminina em outros assuntos. E o público do baile é em sua maioria feminino.  A pesquisa deu origem ao seu projeto de conclusão de curso intitulado “Melancia, Moranguinho e melão: frutas estão na feira – A representação feminina do funk em jornais populares do Rio de Janeiro”.

Ainda segundo a publicação, ao longo do curso, Mariana vai discutir se as letras de funk cantadas por mulheres representam uma ferramenta a serviço da libertação feminina ou se atendem a demanda do mercado erótico.

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