Não é para qualquer um. Entrar em um Bugatti Veyron de US$ 1,2 milhão e acelerar sem medo pela estreita pista de Nurburgring a mais de 250 km/h. Na verdade, pode bem ser para qualquer um, já que isso é possível a qualquer jogador do novo Need For Speed Shift. Claro, desde que seja capaz de ganhar corridas suficientes para liberar o superespotivo, que a princípio está fechado na seleção inicial de carros. Ele é apenas um de dezenas de bólidos que podem ser guiados pelas 37 pistas do game.
A Autoesporte testou o jogo antes de seu lançamento e andou em alguns dos carros. Todos os modelos são versões de carros reais, divididos em cinco categorias diferentes. Eles vão desde esportivos mais tradicionais, como o Ford GT, passando por modelos como BMW M3, Porsche 911 até Ferrari FXX. Uma categoria reserva apenas modelos tunados, específicos para competições de drift. Os carros são construídos com riqueza de detalhes, tanto no exterior quanto no interior – que pode ser observado em vários ângulos, do ponto de vista do motorista, ou do exterior.
Embora o game faça parte de uma série que sempre prezou mais pela diversão do que pela simulação, a EA Games decidiu mudar o foco no Need For Speed Shift. A inteção é recriar ambientes de corrida com a maior autenticidade possível, apelando para efeitos de física, jogos de luz e reações dos carros em diferentes situações.
O resultado é evidente. As respostas dos modelos são completamente diferentes. Dirigir aquele M3 não é nem um pouco similar a pisar fundo no Veyron. As pistas também mostram desafios distintos, indo desde corridas em circuitos ovais até percursos mais complicados. Um efeito interessante acontece quando o carro começa a acelerar: os itens internos, como painel, colunas e volante vão embaçando, de forma que o foco fica nítido apenas na pista e nos mostradores de instrumentos, simulando a atenção de um piloto em uma pista real. A física também traz suas “desvantagens”. Basta chocar o carro algumas vezes para perceber como as respostas dele mudam completamente e como o desempenho cai. Isso obriga o jogador a optar por um estilo de direção mais agressivo ou não, o que infuenciará diretamente em sua reputação.
A “reputação”, aliás, é um intem muito interessante do novo game. Se você optar por ser um piloto nervoso, que não se importa em tirar os outros da pista, isso ficará armazenado em seu perfil, que poderá ser acessado por outros jogadores para partidas online. Estas, inclusive, comportam até 12 participantes simultaneos, cada um com seus carros devidamente preparados, desde a motorização até a calibragem dos pneus. O game também conta com uma versão para aparelhos de celular. Visual e controles são evidentemente mais simples nesta opção, mas ainda assim a diversão é garantida, principalmente para partidas rápidas, quando sobram alguns minutos na fila de espera para acelerar um Ford GT por algumas voltas. Aí sim, sem se preocupar em ficar com má-fama se apelar para um jogo mais sujo.
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